sábado, 27 de agosto de 2011

Fisioterapia e Gestação

Os incômodos na gestação eram tidos como inevitáveis, sem importância, e nenhuma intervenção era realizada antes do nascimento do bebê. Com a evolução científica e novas pesquisas na área da saúde e dos procedimentos fisioterapêuticos, atualmente sabe-se que a fisioterapia tem muito a colaborar. A queixa de desconforto geralmente flutua durante a gravidez. O primeiro episódio pode ocorrer em qualquer período gestacional, mas, para a maioria, é entre o quarto e o sétimo meses, podendo variar de pequena rigidez passageira ou incômodo até a incapacidade. Cerca de 50% das gestantes sentem dor em intensidade e duração suficientes para afetar seu estilo de vida de alguma forma e, para um terço delas, a dor chega a ser muito grave. 5-6
O papel do fisioterapeuta-obstetra não é somente tratar quando for preciso, mas também ser membro da equipe obstétrica que procura entender o problema, que tem todas as últimas informações relativas às causas e tratamentos dos sintomas. Quando solicitado o seu acompanhamento, o fisioterapeuta é o profissional da saúde mais próximo da gestante, em suas consultas semanais, visando principalmente à prevenção e, quando essa falha, ele busca conter e minimizar o problema. 1-5
Durante a gestação, os principais objetivos fisioterapêuticos são promover uma melhor postura, orientar, aliviar e prevenir a dor, estimular os sistemas cardiovascular e intestinal, prevenir edema, preparar os membros superiores para a amamentação, preparar para o parto, prevenção e tratamento da incontinência urinária. A fisioterapia pode utilizar diversos recursos, porém, a combinação de orientação, cinesioterapia e  drenagem linfática manual é a abordagem mais comum e completa. 1-3, 6, 13-17
É indispensável uma anamnese minuciosa, que contenha seu histórico, coleta de dados de gestações e atividades diárias anteriores, queixa principal, presença de intercorrência, patologias associadas, identificação de desconfortos, inspeção visual, onde se analisam postura, estrutura musculoesquelética, edema, manchas, estrias, fibroedema geloide.1-4
Orientações
Gestantes bem orientadas e com uma boa mecânica corporal têm menor risco de desenvolverem lesões musculoesqueléticas. A orientação e acompanhamento são fundamentais para aumentar a percepção da mecânica postural correta, do controle da musculatura do assoalho pélvico, da ativação dos músculos lombares e abdominais para a estabilização lombopélvica, melhorando a capacidade de relaxamento, preparando para o trabalho de parto por meio de orientações de exercícios respiratórios e facilitatórios. 1-3






Cinesioterapia
O exercício apropriado melhora as condições cardiorrespiratórias. Um sistema cardiovascular saudável é importante porque o sangue deve ser eficientemente transportado para a placenta, que fornece oxigênio e nutrição ao feto. Um nível de condicionamento melhorado é uma vantagem durante a gestação, porque ajuda a reduzir o cansaço que grande parte das gestantes sente. 1-4, 17

O acompanhamento fisioterapêutico da gestante preconiza exercícios que englobem um bom preparo cardiorrespiratório e físico, para que essa possa ter, além de uma gestação tranquila, um trabalho de parto mais rápido e sem complicações. No entanto, devem ser avaliadas quais as atividades que a gestante praticava antes de engravidar e sua preferência. Seu ritmo de exercícios durante a gestação deve ser baseado no que praticava anteriormente. Dependendo da atividade, que pode ser mantida ou adaptada, a sua intensidade deve ir diminuindo gradualmente com o avanço da gestação. É necessário ter conhecimentos fisiológicos ao administrar um programa de exercícios a uma gestante, alternando-lhe as posições do corpo em pequenos intervalos de tempo, evitando a posição supina, observando o descanso entre as séries e a temperatura ambiental.
O exercício parece melhorar a capacidade do corpo em dissipar o calor, efeito que permanece presente no estado de gravidez. Porém, a hipertermia na gestante deve ser evitada por seus efeitos teratogênicos sobre o feto, devendo ser levado em consideração o horário do dia e a temperatura do ambiente em que faz a atividade. 2, 16
A frequência cardíaca não deve ultrapassar 140 bpm, os exercícios exaustivos, aeróbicos de impacto, de longa duração, em ambientes quentes e poucos arejados deverão ser evitados. A duração de cada sessão não deverá ultrapassar 60 minutos e intensidade de 55% com base na frequência cardíaca máxima, distribuindo os tempos em aquecimento, alongamento específico à necessidade. A força muscular deve ser direcionada a necessidade postural, preparar membros superiores para a demanda dos cuidados com o bebê, preparar os membros inferiores para a demanda do aumento do peso, exercícios metabólicos, durante os exercícios deve-se dar ênfase à expiração e ativação da musculatura do assoalho pélvico e ao final, relaxamento. A frequência deve ser de duas a três vezes por semana para iniciantes e de quatro a cinco vezes por semana para gestantes que já praticavam atividade física constante. 10, 11, 17
Alguns tipos de atividades físicas como exercícios leves na água, caminhada e bicicleta estática já vêm-se destacando como prática de atividade física durante o período gestacional. A atividade física na água é benéfica e geralmente é mais relaxante que outros tipos de exercícios. A hidroterapia reduz ainda a frequência de edema que é um efeito comum na gestação. O efeito da água morna sobre o corpo serve também como termorregulador, proporcionando ao feto a possibilidade de maior estabilidade frente à elevação de temperatura e a subsequente diminuição do suprimento de sangue. A temperatura ideal da água deve ficar entre 28ºC e 30ºC. 4-6, 16, 17
Drenagem Linfática Manual (DLM)

O edema de membros inferiores é um dos sinais mais comuns no terceiro trimestre da gestação, destacando-se como um dos mais desconfortáveis para as mulheres afetadas, pois, com frequência, associa-se a sintomas como dor, cansaço, sensação de peso e parestesias nos pés e pernas acometidos, além do componente estético que tanto incomoda as mulheres. Cerca de 25% do volume total do edema acumulam-se nas pernas e nos pés.
A Drenagem Linfática Manual (DLM), técnica de massagem que aumenta o fluxo da linfa na direção dos gânglios linfáticos, tem por objetivo criar um diferencial de pressão a fim de promover o deslocamento da linfa e do fluido intersticial, visando à sua recolocação na corrente sanguínea e, consequentemente, à diminuição do edema do membro ou do local afetado. 12-14






Discussão
A atuação da fisioterapia na especialidade da saúde da mulher permite intervir sobre vários aspectos da função e do movimento humano, que sofram mudanças e alterações desde a adolescência até a fase adulta, passando inclusive pelo período gestacional. No Brasil, a fisioterapia aplicada à obstetrícia é ainda enquadrada como uma das áreas de atuação mais recentes dentro da profissão, tendo sido determinada a sua obrigatoriedade no curso de graduação, em todo o território nacional, somente a partir da reforma curricular de 1985. Porém, a sua prática rotineira só foi implantada, pela primeira vez, no Serviço Ambulatorial da Maternidade Escola Hilda Brandão, em Minas Gerais, em 1988, e visava ao atendimento fisioterapêutico às gestantes, tanto no pré-natal como no parto e puerpério imediato. Essa área, por ser pouco explorada no Brasil, não está ainda firmemente estabelecida dentro do quadro de profissões que respondem pela saúde da mulher, deixando o fisioterapeuta-obstetra sem um papel bem definido nas equipes que auxiliam as gestantes.
A gestante não deve ser vista como uma paciente que pouco ou nada tem a ser feito por ela. Entretanto, seria irresponsável divulgar a idéia de que, sem a intervenção fisioterapêutica, a mãe ou o feto sofreriam algum dano. Porém, já está comprovado que a intervenção fisioterapêutica é positiva na maioria dos desconfortos gestacionais. 4-11
Conclusão
O trabalho interdisciplinar é imprescindível em qualquer área da saúde e, nesse sentido, o papel do fisioterapeuta-obstetra torna-se fundamental dentro das equipes multidisciplinares de assistência pré-natal, devendo inclusive trabalhar na perspectiva da fisioterapia comunitária.
Nesta, a abordagem é muito mais integral, em que não apenas se trate e cure, mas também se observe e oriente, passando a ter uma atuação também na promoção de saúde, em que se observa o quanto o fisioterapeuta é importante à assistência pré-natal. Embora a fisioterapia tenha muito a oferecer aos outros profissionais da equipe de saúde, assim como à própria gestante, existe uma quantidade limitada de literatura com documentação de apoio sobre as técnicas da fisioterapia aplicadas à obstetrícia. Essa escassez de publicações, em português, diminui, de certo modo, a credibilidade dos serviços fisioterapêuticos direcionados às gestantes, assim como o crescimento da área dentro da profissão.
Infelizmente, o público não tem uma visão clara da fisioterapia nessa área nem o grupo interdisciplinar, sendo necessária a modificação da visão de todos os profissionais da saúde associados ao fisioterapeuta.
Espera-se que a intervenção fisioterapêutica proporcione conforto para a gestante, que ela passe por esse período sem prejuízos físicos ou estéticos, com alívio de dores musculares que possa vir a sentir, que possa melhorar sua consciência corporal, sua qualidade de vida, física e psicológica, permitindo-lhe uma integração mais harmoniosa em sua rotina diária doméstica e/ou laboral. Ao diminuir o uso de medicamentos analgésicos e o risco de seus efeitos colaterais e reações adversas, reduzem-se os dias de afastamento do trabalho, proporcionando economia substancial ao sistema de seguridade social e ao sistema de saúde público.

É possível inferir, por meio deste trabalho, que a intervenção fisioterapêutica pode trazer grandes benefícios para a gestante desde o preparo físico e preventivo até o parto e puerpério. Durante toda a gravidez, seja nos desconfortos comuns da gestação, seja no preparo ao parto vaginal ou mesmo quando a cesária se faz necessária, a mulher que passou por uma gravidez mais tranqüila e foi fisicamente preparada tem um restabelecimento mais rápido e com menores chances de algum desconforto persistir no puerpério. E mostrar a importância do papel do fisioterapeuta na equipe multiprofissional vinculada à saúde da mulher, em geral, e da gestante, em particular.


****** Referências - Parte do meu artigo:
Borges, D. Scarulis, M. Fisioterapia nos Desconfortos Gestacionais.
TCC Universidade Paulista. Ribeirão Preto.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Quais são os Desconfortos Gestacionais mais comuns?

"Os ajustes fisiológicos podem resultar em desconforto, ou mesmo em dor, causando limitações durante a realização das atividades de vida diária (AVDs) e atividades de vida profissional (AVPs). A gravidez tem sido descrita como o único estado fisiológico no qual, a maioria dos parâmetros fisiológicos são anormais, sendo as mudanças relacionadas às queixas comuns na gravidez, variando o seu impacto de mulher para mulher.2-6


Diástase dos Músculos Retos Abdominais
O estiramento da musculatura abdominal é indispensável para permitir o crescimento uterino. Durante esse processo pode ocorrer uma separação dos feixes dos músculos retos abdominais, chamada diástase dos músculos retos abdominais (DMRA), considerada fisiológica quando vai até dois dedos (± 3 cm) nas regiões supra, infra e umbilical. Com esse grau de diástase há retorno espontâneo as condições pré-gravídicas, sem complicações, sem dor e sem desconforto. Sua incidência é menor em mulheres com bom tônus abdominal antes da gravidez. São considerados seus fatores predisponentes a obesidade, macrossomia fetal, gestações múltiplas, várias gestações e flacidez da musculatura abdominal. No entanto, se ultrapassar as medidas fisiológicas ou permanecer durante o puerpério, essa condição pode produzir queixas músculoesqueléticas como dor lombar, possivelmente devido à incapacidade da musculatura abdominal em controlar a pelve e coluna lombar. Em casos graves, podem ocorrer herniações das vísceras abdominais através da separação da parede abdominal. Todas as gestantes devem ser avaliadas antes de realizarem exercícios abdominais e, se houver presença de diástase, os exercícios devem ser direcionados para a sua correção e sua regressão deve ser monitorada. 1, 3, 7, 8
Dor lombar e pélvica
Publicações recentes relatam que 70% das gestantes brasileiras têm algum tipo de dor lombar e que cerca de 20% das mulheres permanecem com fatores residuais do problema mesmo depois do parto o que se deve aos efeitos tardios da relaxina sobre a estabilidade da espinha. Observações desse tipo qualificam as algias posturais como problema de saúde pública, uma vez que a alta incidência acaba por prejudicar o cotidiano doméstico e profissional dessas mulheres. 3, 8, 9
Diferentes definições foram descritas em sucessivos estudos para classificar a lombalgia gestacional de acordo com o exato local referido da dor, chegando aos seguintes tipos: dor na sínfise púbica, síndrome sacroilíaca unilateral, síndrome sacroilíaca bilateral, síndrome da insuficiência pélvica (afeta as três articulações pélvicas, sínfise púbica e sacroilíaca bilateral), miscelânea (dor em uma ou mais articulações pélvicas), definida por dor diária na articulação referente, comprovada por teste de provocação de dor. A avaliação clínica deve ser detalhada, a fim de classificar com exatidão o tipo de dor e a origem dos sintomas para obtenção de melhores resultados com o tratamento fisioterapêutico.8-10
Disfunções do assoalho pélvico
O assoalho pélvico sustenta o peso dos órgãos e vísceras abdominais, suporta aumento da pressão intra-abdominal, faz o controle do esfíncter das aberturas do períneo, como uretra, vagina e ânus, além de ter função nas atividades reprodutivas sexuais. Com a gestação, a sobrecarga nessa musculatura é radicalmente aumentada. Afinal, além de sustentar o peso constante dos órgãos pélvicos, agora ela precisa sustentar todo o peso do bebê e dos anexos embrionários (placenta, líquido amniótico), durante todo o dia, especialmente quando a mulher está em pé ou sentada.
Com a ação da progesterona e da relaxina, estimulando a frouxidão dos músculos pélvicos e dos tecidos moles, os órgãos pélvicos saem de seu alinhamento normal devido ao aumento da pressão sobre a musculatura do assoalho pélvico, podendo ocorrer prolapso dos órgãos, incontinência urinária durante sobrecargas, sendo que tal quadro pode piorar com gestações subsequentes, aumentos no peso ou envelhecimento. Há necessidade de se trabalharem esses músculos durante toda a gravidez para que, durante e após o parto, sejam prevenidas as lesões e disfunções do assoalho pélvico, como a incontinência urinária e fecal, disfunções sexuais e prolapsos de vísceras. 3, 7, 8, 11
Instabilidade Articular
As gestantes devem ser orientadas a se proteger de lesões ligamentares, pois, devido à ação do hormônio relaxina, as estruturas estabilizadoras articulares correm um risco maior de lesão no período gestacional e no pós-parto imediato. Devido a essa hipermobilidade articular, a gestante deve ser orientada quanto a sua ergonomia, para o uso de calçados adequados e a evitar alongamentos desnecessários. Os exercícios devem ser feitos de forma segura de modo que protejam de sobrecarga as articulações, sem pulos, evitando esportes de contato e atividades aeróbicas que devem ser pouco estressantes. 1, 3, 7
Modificações cutâneas
A pele torna-se tensa e frágil. Com o aumento da vascularização, existe maior conteúdo hídrico na derme e hipoderme, tornando a pele mais hidratada, o que ocorre devido às alterações do estrógeno. Os altos níveis hormonais do organismo durante os meses de gestação também estimulam a produção de melanina e podem causar o aparecimento de manchas no rosto e no colo da mulher, denominadas melasma. Clinicamente, são manchas simétricas nas bochechas e nariz ou uma máscara que ocupa toda a face, respeitando a zona ao redor dos olhos, boca e a região próxima ao couro cabeludo. Essas manchas pioram com o sol e podem desaparecer após a gravidez. A hiperpigmentação ocorre em até 90% e o melasma ocorre entre 50 a 75% das gestantes.
Pode haver aumento da secreção sebácea, resultando em um aumento da oleosidade da pele e suor, facilitando o aparecimento da acne. 12, 13
Fibroedema geloide, Edema e Varizes
O edema gestacional pode ser atribuído a vários fatores: à patogênese da estase venosa, aos mecanismos mecânicos como a pressão exercida pelo útero gravídico sobre os grandes vasos abdominais, à pressão intra-abdominal aumentada e, principalmente, à compressão da aorta e veia cava inferior, quando a mulher está em posição supina. Esses fenômenos de natureza mecânica, associados à maior permeabilidade capilar e a uma hipotonia vascular por ação da progesterona, propiciam a formação do edema e, por consequência, das varizes e fibroedema geloide. Aproximadamente 70% das gestantes apresentam edema no terceiro trimestre de gestação.14
O fibroedema geloide é uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo de característica não inflamatória, seguida de polimerização da substância fundamental que, infiltrando-se nas tramas vasculares, produz uma reação fibrótica consecutiva. 15
Dentre os fatores predisponentes na mulher como sedentarismo, hereditariedade, idade, existem aqueles que, na gestante, estão ainda mais aumentados como os hormônios. A progesterona, o estrógeno e até a relaxina podem criar perturbações hemodinâmicas locais, que, devido ao edema, podem aumentar a pressão capilar, dificultar a reabsorção linfática e favorecer-lhe a transudação nos espaços intersticiais. Esses fatores promovem alterações no tecido conjuntivo e fazem com que ele se torne mais hidrófilo, ou seja, mais ávido à água. Assim sendo, o tecido passa a reter maior quantidade de água, ocasionando um trânsito mais lento de líquidos na região, que, associado a outros fatores, principalmente hormonais, criam condições propícias à maior deposição de gordura. 15
Esses fatores irão desenvolver sintomas secundários como compressão de ramificações nervosas periféricas, causando parestesia tanto em membros superiores como em inferiores, dificuldade de retorno venoso, aumentando a estase sanguínea, diminuição da amplitude dos movimentos, leve desconforto, até dor intensa nas pernas e pés, propensão a hemorróidas. Os sintomas variam conforme cada gestante e sua história clínica, mas podem ser agravados por ambientes quentes e pela permanência de mais de três horas de pé ou com as pernas para baixo. 12-15
Estrias
As estrias surgem quando a pele é submetida a uma distensão excessiva, como ocorre durante a gravidez, em que as fibras elásticas e colagênicas do tecido conjuntivo da derme se rompem ou se distendem. O resultado é o aparecimento de linhas lineares dispostas de forma paralela entre si e perpendiculares às linhas de tração da pele. Ocorrem também por influência do fator hereditário e pelo aumento da produção de estrógeno, que compromete a capacidade de regeneração da pele. As estrias costumam aparecer na barriga, nos seios, nas coxas e glúteos. 13
Peso e Obesidade
A gestação é considerada como um fator de risco para o desenvolvimento de obesidade em mulheres, sendo que a porcentagem de ganho de peso é variável de acordo com a idade gestacional (IG) e com o peso pré-gestacional. Para uma mulher de peso mediano, recomenda-se um ganho de peso médio de 2,5 a 4,5 kg durante as primeiras 20 semanas (cinco meses de gravidez), seguido por um aumento de 450 g por semana. 2
Enquanto os possíveis efeitos adversos do uso do álcool, fumo e drogas na gravidez são amplamente divulgados e conhecidos pela maioria dos profissionais da saúde e leigos em geral, os riscos fetais decorrentes da obesidade materna são praticamente desconhecidos. As gestantes obesas apresentam maior probabilidade de ter infecções urinárias e do trato genital inferior, hipertensão, pré-eclâmpsia, malformações fetais, além de diabetes e macrossomia (fetos com mais de 4 Kg). O sobrepeso materno aumenta ainda os riscos de parto induzido, cesarianas, hemorragia pós-parto e infecção puerperal.16"

Peço as gravidinhas de plantão que não se assustem porque neste artigo mencionei as possíveis alterações, não quer dizer que a gestante terá algum desses desconfortos. Leia mais sobre o que fazer nestes casos em "Intervenções Fisioterapeuticas na Gestação"
****** Referências - Parte do meu artigo:

Borges, D. Scarulis, M. Fisioterapia nos Desconfortos Gestacionais. Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Paulista. Ribeirão Preto.2010.

FISIOTERAPIA NOS DESCONFORTOS DA GESTAÇÃO / Physiotherapy in the disconforts of pregnancy



Daniela Lúpoli Borges*
Marina Scarulis**
* Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Paulista – UNIP, danielalborges@hotmail.com
** Fisioterapeuta, Mestre e especialista pela Universidade de São Paulo – USP,   Professora. na Universidade Paulista – UNIP

Artigo escrito por mim, publicado parcialmente aqui, falarei mais sobre gestantes em tópicos separados. Espero que gostem !!!

Resumo
Introdução: Este artigo teve como objetivos abordar as alterações fisiológicas, anatômicas e mecânicas pelas quais a gestante passa, os desconfortos comuns da gestação, os principais desconfortos atendidos pela fisioterapia e as técnicas mais comuns de tratamentos realizados na área de ginecologia e obstetrícia. Os principais objetivos fisioterapêuticos são orientar quanto a alívio e prevenção de dor, identificar disfunções como as musculoesqueléticas e uroginecológicas, estimular os sistema cardiovascular e intestinal, prevenir edema, preparar os membros superiores para amamentação, preparar para o parto visando a um período gestacional e a um puerpério com mais qualidade.
Material e Método: Realizado por meio de revisão da literatura científica, foram pesquisadas as seguintes bases de dados: Google acadêmico, Scielo e Bireme, também foram feitas pesquisas na biblioteca virtual da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP e na biblioteca da Universidade Paulista – UNIP entre 2000 e 2010. Foram selecionadas 17 referências bibliográficas, sendo 9 artigos científicos, 4 livros, 1 trabalho de conclusão de curso e 2 dissertações de mestrado.
Resultado: A fisioterapia pode utilizar diversos recursos para atender os objetivos acima explicados, dentre os mais utilizados estão orientação, cinesioterapia e drenagem linfática manual.
Conclusão: A literatura sugere que a intervenção fisioterapêutica pode trazer grandes benefícios para as gestantes. Porém, a escassez de publicações diminui, de certo modo, a credibilidade dos serviços fisioterapêuticos a elas direcionados, assim como o crescimento da área dentro da profissão.

Palavras-Chave: fisioterapia, gestação, prevenção, desconforto.

Abstract
Purpose: This article had the objective to approach the physiological changes, anatomical and mechanical properties for which the pregnant passes, common discomforts of pregnancy, major discomfort treated by physiotherapy and most common techniques treatments performed in the area of gynecology and obstetrics. During pregnancy, there are several modifications needed for perfect growth and development of the fetus, however, these modifications may lead pain and limitations in daily activities of some pregnant women. The main goals are physical therapy guidelines, prevention, relief of pain and musculoskeletal disorders such as urogynecology, stimulate the cardiovascular system, stimulate the intestinal system, to prevent swelling, upper limbs prepare for breastfeeding, preparation for birth order, pregnancy and puerperium with more quality. Methods: Directed by reviewing the scientific literature, were searched the databases: Google scholar, Scielo and Bireme, and virtual library of Campinas University - UNICAMP and Paulista University Library - UNIP between 2000 and 2010, 17 references were selected, 9 scientific articles, four books, a conclusion course work and two dissertations. Result: Physical therapy may use several resources, among the most used are the orientation, kinesiotherapy and manual lymphatic drainage. Conclusion: The literature suggests that physical therapy can provide major benefits for pregnant women, but the scarcity of publications decreased to some extent, the credibility of physical therapy services targeted to pregnant women, as well as the growth area within the profession.
Keywords: prevention; relief of pain; physical therapy techniques; pregnant women.





segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Como tomar banho sem detonar sua pele ???

Sempre que estamos com a pele desidratada, com aquela sensação de “repuxamento”, logo pensamos: Como hidratar nossa pele? Comprar os melhores hidratantes, tentar várias alternativas como óleo de banho, sabonete com creme hidratante...

shower
Pensamos tudo isso quando na verdade deveríamos pensar em:
Como não desidratar nossa pele???
Claro que a combinação baixa umidade do ar, vento, frio, ingerir menos de 2 litros de água por dia, tomar sol em excesso e hábitos de vida não saudáveis como ingerir álcool e fumar prejudicam nossa pele, mas o tomar banho errado é um grande vilão nessa história.
O Banho é um dos principais fatores que agridem nossa pele de todo corpo, incluindo a do rosto.

 
 
Resumindo:  Quanto mais quente for a água, mais espumante e cheiroso for o sabonete, mais “esfregada” for a pele e mais demorado for o banho... Mais você estará ACABANDO com a sua pele!!!




 
Por isso comece sempre determinando a temperatura “menos quente” possível. Se necessário aqueça o banheiro para não ter que aquecer a água.

Instruções :
Lave primeiro a parte superior, no sentido da cabeça para os pés,
Se preferir deixe para lavar o rosto na pia, com água fria.
Escolha um sabonete que NÃO espume muito, nem seja MUITO cheiroso, quanto mais espuma e mais perfume mais ele resseca sua pele. Eu prefiro os de glicerina, se não gostar pelo menos alterne compre um pouco de cada sabonete.
Lave o cabelo normalmente, ensaboe somente o rosto, axilas, parte íntima e pés. Somente ensaboe outras áreas do corpo se estiverem sujas ou se foram expostas. Se você trabalhou o dia todo de calça para quê ensaboar as pernas???
Se for tomar mais de um banho por dia se ensaboe só onde for necessário !!!
Esfoliações ou banhos de bucha somente 1 vez na semana, se necessário. Se você for uma pessoa que se suja muito, faz trilhas ou fica todo sujo de terra, use uma bucha vegetal bem macia, somente umedecida, a combinação bucha + sabonete NÂO é muito boa.

Se quiser passe óleo de banho antes da última enxaguada, dê preferências para os óleos vegetais e sem muito perfume.
Ao se enxugar dê leves batidinhas na pele, não esfregue a toalha. Dê atenção especial ao enxugar a parte íntima e entre os dedos dos pés.
Mas depois de todos esses cuidados sua pele pode sim requerer proteção extra !!!
Use e abuse dos óleos de banho e hidratantes, sempre obedecendo o critério:
Quanto mais cor e mais cheiro ele tem pior ele é  e evite produtos com álcool !!!
Breve falarei de hidratantes e óleos de banho !!!
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